Os dias têm sido corridos, mas não me queixo. Tenho a lição bem sabida, ou não me tivesse a D. Guilhermina ensinado que não me queixasse, mas antes agradecesse a Deus ter saúde. E, para além disso, como já ouvi alguém dizer "aqui ninguém tem cara de Ben-u-ron".
Hoje é dia 11 de novembro, dia em que a minha avó Perpétua faria anos e em que disse adeus ao meu pai. Lembro-os hoje (e todos os dias) e sinto falta das castanhas que os meus pais assavam no fogão de sala que o ti Arnaldo fez no dia 25 de abril de 1974.
Aqui por casa (ainda) não há castanhas, mas no fim de semana, já sei onde as irei comprar. Se são de Leiria, claro que já sabem o segredo das melhores castanhas- Avenida Heróis de Angola, ali ao virar de uma esquina, uma senhora bonita, que começou o seu negócio antes mesmo da palavra empreendedorismo se tornar moda, vende as castanhas mais quentinhas e saborosas.
São quase seis horas, o dia ainda não acabou, não tenho a panela ao lume, mas tenho legislação para ler.
Suspiro e penso outra vez nas castanhas. Ainda bem que hoje os meninos do 4ºA da professora Teresa Salvador me ofereceram umas quentinhas. Se tal não fosse, dizia adeus ao trabalho, pegava no carro e fugia até Leiria.
Não vou hoje, mas no sábado não falharei- vou comprar um cartuchinho de castanhas, dividi-las com o meu amor e pensar em cada um que, em mim, é e será sempre, como o homem das castanhas que canta Carlos do Carmo, eterno.
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