Tenho receios, sou naturalmente ansiosa, prevejo riscos, imagino-me a testar positivo e a não poder voltar a Portugal e faço sempre cenários dignos de filme de terror.
O que vale é que já me conheço há mais de cinquenta anos e vou- a minha situação familiar é esta e sei que não viajo só porque sim. Então, contrario medos e faço-me ao caminho.
Fui na sexta-feira e voltei na segunda (ou como costuma dizer, fui num pé e voltei noutro), e aproveitei, dentro do possível, a cidade de Bruxelas- No Natal, foi a primeira vez que a visitei. Mentiria era se dissesse que andei pela cidade de ânimo leve. Impossível- os números de infetados na Bélgica não são animadores e sempre que andava na rua sentia-me um bocadinho como aqueles desenhos animados que andam com uma nuvem negra em cima da cabeça:).
Apesar do frio, optamos por almoçar na esplanada (os aquecedores nas esplanadas ajudam) e usufruímos da cidade ao ar livre. Bruxelas, e principalmente a Grand-place que tem um espetáculo de luz e som fantástico, está bonita e o facto de estar com o Luís torna tudo mais mágico.
Se gostei de ir? Muito.
Se valeu a pena enfrentar medos? Claro.
(contudo, acho que a nuvem só se desvaneceu quando, na segunda-feira, ao entardecer, estacionei o carro em frente à Câmara Municipal de Leiria e as luzes da minha cidade, apagaram, de vez , o cinzento que me acompanhou).
É assim mesmo! Temos que aproveitar, enquanto cá andamos…
ResponderEliminarAdmiro a sua coragem e gosto sempre se ler o que escreve por cá!
Beijinhos