Acabaram de me/nos tirar esta fotografia e eu acho- a tão bonita que a quis publicar.
08 maio 2023
17 abril 2023
Ontem, perguntaram- me se eu ando sempre de um lado para o outro, porque gosto ou porque tem de ser.
13 março 2023
A estreita relação que eu tenho com a minha bicicleta passou por uns percalços (culpa minha) e hoje tive de a ir buscar a uma superfície comercial que fica a cerca de oito quilómetros de casa.
06 março 2023
29 dezembro 2022
No outro dia, disseram-me que eu era uma mulher de família. Eu sorri e fiquei a pensar no assunto- acho que sou sim, mas é quase como se fosse natural em mim.
03 dezembro 2022
Quase treze anos depois, voltei a Calle Serrano.
Foi em janeiro de 2010 que eu ganhei um concurso promovido pelo canal Sony e fui a Madrid, com tudo pago, buscar o prémio- escolher uns Manolo Blahnik. Não é novidade e já escrevi muito sobre isso. Foi, aliás, o motivo do blogue Gira aos Quarenta ter nascido.
Na altura, eu tinha trinta e nove anos e nunca tinha posto os pés em Madrid. Deslumbrei-me com o que vi e com os sapatinhos que trouxe, mas que calcei em pouquíssimas ocasiões. E, olhando hoje para a foto de 2010, quão diferente me vejo hoje. E não, as diferenças que noto não são físicas.
Voltei a Calle Serrano este outubro e quis ir à loja que ficava num bonito pátio, por onde se entrava pelo nº58. Portão fechado, tal como a loja. É que, atualmente, a marca Manolo Blahnik quase só se encontra online, visto que até a icónica loja de Nova Iorque, onde Carrie Bradshaw fazia as suas compras e onde foram gravadas algumas cenas da série " O Sexo e a cidade", fechou.
Sinais dos tempos é o que se costuma dizer, não é?
Mas, escrevia eu, noto diferenças na mulher que sou hoje- menos loura, mais leve, menos deslumbrada com marcas, mais atenta aos outros, e mais sábia, mesmo que sabendo que tenho ainda tanto para aprender.
Se queria voltar no tempo? Nem por um instante. Tenho cinquenta e dois anos e ainda sou uma portuguesa que vivo com a mania que tenho de ter a casa arrumada, exigente comigo profissionalmente, a tentar ser a melhor mãe, mulher, filha e amiga que consigo. Sou, também, contudo, uma mulher que sabe agora que os Manolo Blahnik das séries são desconfortáveis e que, por mais que continue a gostar de saltos altos, sabe que é com pés na terra ou na areia, que se sente verdadeiramente feliz.
Criei um blogue com receio de envelhecer e estou, hoje, a gostar tanto de o poder fazer.
Voltei a Calle Serrano e vi que fechou a loja dos sapatinhos de sonho. Não me deixou triste, porque sei que, independentemente do que eu calce, está bem aberta a minha vontade de viver.
21 novembro 2022
Sou!
Foi há dez anos, talvez, que numa visita a uma escola holandesa, pasmei quando vi tantos professores, e até o Diretor da escola, chegar de bicicleta. Acho que tive um bocadinho de inveja e o facto de desde criança adorar andar de bicicleta, aliado ao tempo que passei este último ano na Bélgica, ajudou à resolução- mal pudesse iria também para o trabalho de bicicleta.
E, desde julho, tem acontecido.
Só escrevo agora o post porque receei confirmar o provérbio "É só enquanto a arca cheirar a bolos", mas não. Sempre que as condições meteorológicas o permitem, visto o meu casaco às bolinhas, ponho capacete (quase sempre), pasta no alforge e vou para a escola.
Têm-me perguntado se não tenho medo de andar na estrada e, a verdade, é que tenho. Contudo, tento ir sempre por caminhos não tão movimentados e, para já, a vontade de pedalar tem afastado receios.
E o feliz que sou a pedalar, quase como se fosse sempre Verão Azul mesmo quando não há sol. Há dias em que me sinto a Júlia e outros o Piranha, mas quase sempre me sinto é mais leve e com menos anos, enquanto pedalo e sinto o vento colorir-me o nariz de vermelho.
Era um sonho que tinha ir para a escola de bicicleta. Agora, sonho com ciclovias. E ninguém me diga que não irão acontecer. Afinal, se me dissessem há vinte anos que eu iria para a escola de bicicleta, nem eu própria acreditaria.
Nota: agradeço à minha amiga Susana que me falou no Fundo Ambiental. As candidaturas são até 30 de novembro e comparticipam até 50% o valor gasto na aquisição da bicicleta.
Link aqui:
Fundo Ambiental, Ministério do Ambiente