Fé em dias pandémicos - .

18 fevereiro 2021

Fé em dias pandémicos

Não sei bem se tinha seis ou sete anos quando fiz a primeira comunhão, mas tenho a certeza de que foi o primeiro momento em que tive consciência da presença de Deus.
Eu e o meu vestido de ir levar as alianças (fui mais do que uma vez), com o fio de ouro oferecido pelo meu padrinho Artur e que eu só usava em dias especiais e com um enfeite no cabelo comprado pela minha irmã que estudava em Leiria. Ainda hoje, quando comungo, procuro a sensação de plenitude que encontrei nesse dia...

Sabem, tenho dias... Uns em que procuro um sinal e não encontro, outros em que vislumbro uma paisagem e tenho a certeza que Deus está ali; certos dias há em que rezo quase como se recitasse um mantra, outros há em me entrego enquanto rezo "seja feito a Vossa vontade".

Não é fácil ter fé, principalmente nestes dias de medo e escuridão.
Cada dia é uma escolha, um decidir o caminho que se pretende seguir, um dizer sim ou não.

Tenho dias de neura, mas o meu Deus que perdoa, que entende e compreende, que ama todos por igual, que não castiga, que me ama com os tantos defeitos que eu tenho, tem me acompanhado na minha jornada e eu ainda não desisti de o continuar a procurar.
A maioria das vezes, encontro-o no lugar mais óbvio- dentro de mim.

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