Não sei bem se tinha seis ou sete anos quando fiz a primeira comunhão, mas tenho a certeza de que foi o primeiro momento em que tive consciência da presença de Deus.
Eu e o meu vestido de ir levar as alianças (fui mais do que uma vez), com o fio de ouro oferecido pelo meu padrinho Artur e que eu só usava em dias especiais e com um enfeite no cabelo comprado pela minha irmã que estudava em Leiria. Ainda hoje, quando comungo, procuro a sensação de plenitude que encontrei nesse dia...
Sabem, tenho dias... Uns em que procuro um sinal e não encontro, outros em que vislumbro uma paisagem e tenho a certeza que Deus está ali; certos dias há em que rezo quase como se recitasse um mantra, outros há em me entrego enquanto rezo "seja feito a Vossa vontade".
Não é fácil ter fé, principalmente nestes dias de medo e escuridão.
Cada dia é uma escolha, um decidir o caminho que se pretende seguir, um dizer sim ou não.
Tenho dias de neura, mas o meu Deus que perdoa, que entende e compreende, que ama todos por igual, que não castiga, que me ama com os tantos defeitos que eu tenho, tem me acompanhado na minha jornada e eu ainda não desisti de o continuar a procurar.
A maioria das vezes, encontro-o no lugar mais óbvio- dentro de mim.
18 fevereiro 2021
Fé em dias pandémicos
Sobre Sofia
Colheita de 1970. Mãe de dois rapazes. Uma miúda que aos trinta criou um blogue cheia de receios de não saber envelhecer. Uma miúda-mulher que gosta de livros, cremes, séries e vestidinhos. Uma mulher normal, cheia de defeitos, qualidades, neuras e uma certeza: a esperança não se perde...ganha-se!
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Que bonito!
ResponderEliminarÉ [tão]isto. Silenciar e recolher. É muito por aí. <3 <3
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