Foto e uma receita aqui
Há alturas de mais trabalho e eu, na última semana, andei a 100 à hora a procurar conciliar escola, família, amigos e voluntariado e a tentar que nada ficasse para trás.
Correu bem...roubei horas ao sono, mas vou recuperar.
Tudo isto para vos contar que durante quatro dias fui vendedora de filhós (ou filhoses) e café d'avó na Academia Cultural e Social de Maceira (Lar de idosos e centro de dia), a propósito das Festas da Vila de Maceira- servimos filhós e café que deliciaram quem por lá passou.
Ora, logo na quinta-feira, quando fui levar a casa a D. Guilhermina, já passava da meia-noite, sentia-me cansada e verbalizei-o- Ainda mal tinha dito a frase que deve ter sido algo do género " Ai, hoje, estou tão cansada, fiz isto e aquilo, fartei-me de conduzir, as pernas doem e etc e tal", a D. Guilherme olhou-me nos olhos e disse energicamente (um bocadinho em jeito de raspanete, confesso)" Ó filha, não te queixes e agradece a Deus".
E eu, que tenho muitas vezes resposta para tudo, fiquei muda e queda.
Sabem, é que eu apenas passei os quatro dias a servir as filhós, mas D. Guilhermina amassou muitos quilos de farinha, fritou centenas de bolinhos com amor e dedicação e sem um queixume. Um pormenor - ela tem 86 anos!
E é isto. E é tanto.
*
A propósito, obrigada a todos os que me foram dar um beijinho (um especial a uma rapariga que me reconheceu daqui do blogue e que me deu um abraço apertado) e aproveito para pedir publicamente desculpa ao senhor a quem entornei café na camisa (duas vezes!).
Nota- Tirei uma fotografia à D.Guilhermina, mas sei que ela não quer que publique. Desconfio que a imagem que ela vê nas fotos não corresponde à idade que ela tem na sua cabeça.
A D.Guilhermina têm muita sabedoria!!!
ResponderEliminarA D.Guilhermina foi uma mulher de um coração enorme. Quem a conheceu decerto comunga desta opinião. A sua forma de estar na vida era servir. Foi assim que a conheci, sempre a trabalhar por boas causas, com uma alegria e disponibilidade de enaltecer. No meu caso pessoal, acresce uma simpatia que sentia como carinho, nas atenções e palavras que me dirigiu, ora falando da minha saudosa mãe e das suas memórias juventude, ora estimulando-me amigavelmente.
ResponderEliminarA D.Guilhermina partiu. Não será esquecida.
Que DEUS a receba no Seu Trono de Glória.
Descanse em Paz.
Isso tudo. Beijinhos
EliminarA dona Guilhermina era mulher de fina e rija têmpera, trabalhadora voluntariosa bem formada. Cumpriu o seu caminho com distinção e tinha sempre uma palavra amiga para quem tinha a felicidade de se cruzar com ela. Eu fui um dos felizardos.
ResponderEliminarObrigado, D. Guilhermina.
Foste. Beijinhos!
Eliminar