Eu e o peso-filosofia em saldos - .

12 maio 2020

Eu e o peso-filosofia em saldos



Nestes dias, em que não tenho andado no corre-corre de levar o Miguel para aqui e acoli, em que não preparo lanches saudáveis e almoço para levar para a escola, em que tenho tido mais tempo para experimentar novos pratos e sabores que agradem aos meus rapazes, tem sido uma luta não ganhar muito peso.
Confesso que o ponteiro da balança já se mexeu nestes dias (e não a meu favor) e ando atentar, como sempre, ser regrada nestes tempos em que as rotinas são outras. Há quem me diga que é só um quilo, para não me importar, mas eu sei que se deixarmos um quilo acumular e outro, e só mais outro, a tarefa não fica mais fácil.
Eu não defendo que todas as mulheres devem ser magras e não acho que para uma mulher ser saudável, tenha que ter as medidas xpto. Nada disso.  Tenho até uma amiga que defende que se nós nos preocupamos muito com o aspeto exterior é porque não gostamos do nosso interior e outra já me aconselhou a aceitar, a deixar-me ir, porque a partir de uma certa idade não haverá nada a fazer.
São caminhos e eu respeito o caminho de cada um, mas sei também que posso optar por  não seguir o caminho dos outros  e escolher o meu.
Quanto a mim, sei-me de cor e sei que sempre que tenho peso a mais, compro mais roupa que depois não uso,  porque não gosto de me ver com nada, tenho digestões mais difíceis, apetece-me mais sofá e fico menos enérgica.  
Às vezes (muitas vezes, aliás) não queria ser assim, um tanto ou quanto obcecada com o peso, a fugir do pão com manteiga que tanto me conforta, a não conseguir provar de tudo nas festas como os outros fazem, porque há uma culpa que paira, mas sei que fico imensamente mais triste nos dias em que os botões dos meus jeans ou dos meus vestidos já não apertam e, por isso, esforço-me por seguir este caminho. Opto por legumes em vez de arroz e batatas, fujo do pão que adoro, escolho fruta e cenouras em vez de bolachas, faço bolos saudáveis, pesquiso e  informo-me sobre alimentação saudável.  Danço, procuro no Youtube exercícios, ando a pé e tento dar luta a uma genética que me persegue desde que era novinha. Tem sido assim há anos e não consigo aqui assegurar que vai ser assim para sempre, mas para já recuso-me a culpar o metabolismo e fujo das desculpas  

O meu filho Miguel, quando tinha dez anos, com a sua psicologia Disney, explicou muito bem o que procuro fazer:  
- Mãe, o que é que uma foca magra diz para uma foca gorda?  
- Não sei...  
- Diz: Se queres perder peso, foca-te nisso!  

Focada, mas sem pressão desmesurada, é assim que tento viver. Este é o meu caminho. Procurem o vosso, ele será, certamente, aquele que vos faz viver melhor e mais feliz.

4 comentários:

  1. A nossa genética tem um grande peso na nossa familia.. mas tal como tu, tenho mantido uma guerra aguerrida com a balança. No início do confinamento também eu me deixei embalar pela melancolia encontrando conforto na comida. Mas sim dei à costa e como o sábio do Miguel afirmava... foco e lentamente mas seguramente volto a reencontrar me... É uma luta sim mas é isso que quero para mim. Não sou radical, mas sou sensata. Beijos e foco

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    1. Tu também és um exemplo para mim. Beijinhos

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  2. Como concordo consigo!!! rsss

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