Para percebermos um país é preciso conhecer a sua história. Não (me) basta dizer que os eslovacos são reservados e frios, é necessário assumir as nossas diferenças, perceber e aceitar (ou pelo menos tentar aceitar). Aposto que eles também estranham o facto de falarmos e rirmos tão alto, de parecer que estamos sempre em festa, de sorrirmos demasiado para quem não conhecemos...
Na terceira semana por cá o que tenho notado é que a geração mais jovem é mais recetiva a quem vem de fora. Ao lado da casa onde moro há um parque infantil e as mães já me cumprimentam (ajuda o facto de eu ter aprendido a a dizer "olá" em eslovaco) e há muitos jovens a falar inglês- até 1993 eles aprendiam na escola russo e alemão.
No sábado, marcámos uma visita guiada na Authentic Slovakia para conhecermos mais a história do que foi a Eslováquia no seu período comunista. Como o Miguel vai para o 9º ano, achamos que seria duplamente interessante para ele (e foi!). A visita foi feita num Skoda original da época e visitámos os locais ligados à época do período comunista (monumentos, bairros, símbolos...). O facto é que a Eslováquia é um país mais aberto aos outros apenas desde 1993 e vinte e cinco anos é muito pouco tempo na história de um país. Claro que para os mais velhos, que viveram a maior parte da sua vida fechados aos outros, seja estranho esta gente que vem de fora, fala alto e sorri por tudo e por nada.
No domingo, banhos e piquenique no lago e um jogo de futebol (não é o desporto preferido dos eslovacos, aqui vibra-se mais com o hóquei no gelo).
Foi um fim de semana bom. Os fins de semana para nós, sempre que estamos separados, são os dias mais difíceis da semana, mas, o lado positivo do Luís trabalhar fora é (também) este- poder estar e conhecer um país sem pressas e converter fins de semana em balões de oxigénio para quando estivermos mais tristes. Todos precisamos dos nossos balões, não é verdade?
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