A balança para mim nunca foi grande companhia, mesmo sendo eu assumidamente viciada nela. Peso-me quase todos os dias (eu sei que não é correto) e nas férias, como não tenho balança, socorro-me da fita métrica (doentio, eu sei).
Nunca fui magra, mas já pesei muito mais do que peso hoje (cheguei aos 64 quilos para 1,50 m e não foi quando estava grávida). Antes de ter o Miguel, emagreci e tenho conseguido, mais ou menos, manter-me num peso que me permite sentir bem comigo. A verdade é que manter-me num peso saudável e que me permita continuar a usar os meus vestidinhos não é tarefa fácil, mas é essencial para o meu bem estar e para eu me sentir mais segura.
Conheço mil dietas, já experimentei quase todas e ontem fui de novo a uma nutricionista. Contudo, pela primeira vez,o objetivo não é emagrecer, mas sim aprender a comer de forma saudável. Por mais que na minha cabeça eu sinta que ainda ando nos trinta anos, o facto é que vou a caminho dos cinquenta e sinto que cada vez é mais difícil manter o peso.
Eu nunca fui de excessos e para ter o peso que tenho digo não muitas vezes (mesmo muitas vezes) a bolos, petiscos, refeições calóricas. E, no entanto, nunca fui nem sou magra. Sei que acresce a isso o facto de eu não ser grande fã de ginásios e de o único exercício que faço ter por nome caminhadas ( já tentei, meninas, mas fartei-me de pagar mensalidades e de não usufruir do que pagava).
À medida que vamos envelhecendo, o metabolismo fica mais lento e sei que para manter o peso vou ter que me focar na alimentação e, ao que parece, o meu organismo já anda tão habituado a uma restrição calórica que para aumentar a massa magra precisa mesmo de uma mudança ao nível de plano alimentar.
Assim, apoiada pela paciente Diana Ferreira ( zona de Leiria), comprometi-me a levar em diante uma hercúlea tarefa: não ser tão exigente comigo, manter-me focada no que me faz bem, experimentar novos sabores, valorizar mais o facto de ser saudável do que ter X calorias e não ir em dietas da moda que não consigo manter por muito tempo.
Sou uma vaidosa assumida, mas acima de tudo quero manter-me saudável e ter uma melhor relação com a comida, sem me martirizar, sem me sentir culpada de cada vez que como um pastel de nata, sem viver obcecada com o peso que marca a balança. Muita gente pode achar-me fútil por pensar demais no peso, mas acreditem que desta vez quero mesmo aprender a comer para me sentir saudável e em paz comigo. A verdade é que isso contribui não só para a minha saúde como também para a minha felicidade e, como podem ver pela foto tirada em 2002, eu, com dez quilos a mais, não tenho propriamente o olhar mais feliz do mundo.
Aprender a comer parece-me fundamental para se ser saudável. E é por aí que se deve começar. Para se ser o que se é. Tudo o resto parece-me ser programas de ilusão vendidos à custa de agressivas campanhas de marketing.
ResponderEliminarBFS, Sofia.