Hoje não há açúcar no mundo que torne as amêndoas doces. Os ovos de chocolate também serão amargos. A tristeza invade quem conheceu o David, menino-homem de olhar doce e sorriso galã, que partiu hoje... tão cedo, tão demasiado cedo...
Aqui no blogue, eu não costumo falar muito das aulas, dos alunos...Eu sou professora, como sabem, e gosto muito. Todos os anos sou também diretora de turma e é dos cargos que tenho prazer em desempenhar. O David foi meu aluno e da minha direção de turma no 5º e 6º anos e hoje, quando seguia para o estágio profissional, partiu.
A minha dor é ínfima comparado com o dos seus pais. Sei que não há palavras que os confortem, não há abraços que os consolem...Sei, mas não imagino sequer a dor... Só lhes posso dizer que cumprirei o desejo do David (guardo com carinho o caderno em que ele escreveu que, apesar de eu lhe ralhar e de eu o castigar, gostava de mim e esperava que eu não o esquecesse).
O David viverá sempre no meu coração. Nunca o esquecerei. Como poderia?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarÀ mãe que um filho perde
ResponderEliminarDeus quebra o fio do afecto
em troca de mágoas
Perde-se numa abstracção
o fluir sereno das águas
insinua-se a perturbação:
é impossível explicar a morte
esse lapso na vida dum ser
Bj.