Retrospetiva...em 6 anos o que eu escrevi neste dia... - .

02 janeiro 2017

Retrospetiva...em 6 anos o que eu escrevi neste dia...

2 janeiro 2011
Às vezes tenho medo de que as expectativas acerca de um novo ano não passem disso... Janeiro começa e parece que nada resta a não ser as rotinas do dia-a-dia. Quando isso acontece, fico inquieta e com medo de me deixar adormecer e acordar chata e conformada.
Preciso de sentir que a vida é mais do que uma sucessão de dias no calendário...


2 janeiro 2012
" Não tenhas medo de sonhar!"
Esta frase é para mim. Comecei 2012 cheia de medo do que o novo ano  possa trazer. Tenho receio de problemas de saúde que possam surgir, dos preços que vão aumentar, de deixar de ter capacidade económica para enfrentar o dia a dia. Estou uma verdadeira mariquinhas. Daquelas mesmo chatas, chatas, chatas.
E depois, é saber que é melhor não sonhar, quase como não valesse a pena (e eu também nem jogo no totoloto)... Como se eu já me tivesse rendido à constatação- a vida vai piorar!

Eu nem queria passar por cá para vos chatear com estas minhas neuroses, mas  pensei na minha amiga Cila que diz que ao ler certas coisas que eu escrevo aqui no blogue sente que não está sozinha. Por isso, deixo aqui o conselho, para mim e para quem o quiser levar- Vá lá, não tenham medo de sonhar.*
* E o meu lado negro acrescenta " Pelo menos isso ainda não se paga." 


2 janeiro 2013
Há dias assim e semanas assim, em que parece que nada acontece em que nos sentimos infinitamente "normais". Ser normal é bom, mas às vezes assusta. Parece que a nossa vida vai ser sempre igual e que nós só estamos a assistir passivamente ao desenrolar de uma novela, daquelas chatas, em que nada se passa.

Ter passado dos quarenta anos não ajuda. Como se só nos faltasse agora envelhecer.
E acho que isto nada tem a ver com a crise. Tem a ver comigo. Com os meus receios e dúvidas. Com o facto de que tenho de aprender a viver a valorizar mais os momentos e a acreditar que ainda há muitos bons momentos para serem vividos.
Mas... conseguem perceber? Parece que o ponto alto da minha vida passou... Acabar o curso? Feito. Ter emprego? Feito. Casar com a pessoa que se ama? Feito. Ter uma casa? Feito. Ter filhos? Feito. 
Eu sei que isto é reclamar com a barriga cheia, e eu não gosto de ser uma pessoa ingrata. Eu sei e sinto que sou uma sortuda e a verdade é que a maioria dos dias não me sinto como uma mulher de quarenta anos, mas há dias em que os meus quarenta e dois anos estão completamente infiltrados na pele e eu apenas sinto a vida a escorrer...
Para quem me lê e é mais novo, não se apoquentem...isto passa...é uma minoria de dias a sentir-me assim. Para quem tem a minha idade ou mais um anito ou outro, uma pergunta...Costuma acontecer-vos ou é apenas a minha mania de pensar demais nas coisas?


2 janeiro,2015
Sou igualzinha à maioria. Também eu não resisto a resoluções de ano novo. Este ano, a minha maior resolução não é praticar desporto nem perder peso (mas também as incluí na lista), mas sim: DESLIGAR O PREOCUPÓMETRO!
Não sei ainda se vai ser com recurso à acupuntura, meditação ou mesmo com retaliações (Sofia, se te continuas a preocupar demais e a sofrer por antecipação, não tens direito a sapatos novos durante um ano), mas vai ter de ser. A verdade é que ando cansada de mim mesma assim...sempre preocupada se acontece isto ou aquilo, com "ses" e " ai que pode acontecer!"
Vamos ver, mas é um assunto que me deixa preocupada (Ops!)...



 janeiro, 2016
Já sabemos que a vida é mesmo assim, com altos e baixos, com curvas mais apertadas, com perigos à espreita. Percorrer esta estrada que é a vida assusta por vezes. A mim tem-me assustado mais e já descobri o porquê: é que eu tenho a mania de querer controlar tudo o que está à minha volta e, quando sinto que não o consigo, a ansiedade sobe...
Depois penso que me devo ter em grande conta e quem é que eu me julgo e acalmo-me. Eu sei que não posso controlar a vida, os incidentes, os baixos que a vida oferece... Neste momento, é este o meu trabalho de casa diário... 
Aceitar a vida, respirar fundo e tentar não ser tão controladora... 
E é isto...quem diria que o meu metro e meio de gente poderia albergar uma mente tão complicativa? Mas isto muda, vai dar trabalho, mas terá de mudar. Não faz sentido viver com medos...Aliás, a lição número um está apreendida: viver com medos não é viver. 


2 janeiro 2017
Nem sei que diga de mim... Complicadinha, eu!



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