Sofia, a gostar de envelhecer aos quarenta e cinco...

O que eu gostava mesmo era de ter descoberto mais cedo a importância de duas palavras à volta das quais tudo gira: Família e Saúde.

 Houve uma fase da minha vida em que acho que me esqueci um pouco delas: a minha saúde e a dos meus parecia garantida e a família estava presente. O que mais noto neste meu processo de envelhecer (porque afinal sei que é tão bom ficar mais velha a cada dia) é o valor que dou a estarmos bem fisicamente e poder estar com quem nos aquece o coração.

Não é tudo mau em ficar mais velha, acreditem. Os abraços vão ficando mais apertados, os beijos mais sentidos, os tempos de conversa muito mais valorizados... a vida vive-se com mais sentido. Aos quarenta e cinco anos já não me chateio com as rugas como aos trinta e nove anos, já sei que posso pintar os cabelos brancos e até aprendi a gostar do meu corpo. É como se estivesse mais em paz comigo e com os outros.

 E sabem, continuo a querer ser gira aos quarenta (e cinco) porque faz parte de mim, mas tenho a certeza absoluta de que o que quero mesmo é continuar a envelhecer assim...sabendo o que realmente importa em  cada dia!