Por vezes perguntam-me o que se diz, como se age com uma criança que perdeu a mãe. Aqui por casa, temos lidado com a situação conversando, dando carinho, apoio e orientação.Tenho-me deixado levar pela intuição e com a premissa de que era assim que gostava que agissem se a situação fosse com um dos meus filhos.
Uma das primeiras coisas que disse ao P. foi que não fazia mal rir, jogar, brincar e que sabia que era como se ele tivesse caído num buraco muito fundo, mas que acreditasse que as pessoas que o amam estavam lá para lhe amparar a queda.
Outra das coisas que fazemos muito aqui por casa é conversar sobre a mãe dele: os pratos que ela fazia tão bem, como ela lhe punha limites em relação ao computador, as viagens e os passeios que fizeram...
E os dias têm passado. A escola ajuda bastante e o facto de ele ter rotinas também. Mais difícil mesmo são as noites...
O meu coração não deixa é de estar apertado porque lhe vejo a saudade que já tem da mãe, alguém que o amava tanto e de forma tão incondicional...
Mas o pai e os avós são pessoas extremamente atentas e se o P. tem estado mais cá por casa é porque o irmão do P. tem exigido muito em termos de cuidados hospitalares... As coisas irão melhorar! Contudo, esta época do Natal que se aproxima, deixa-me um bocadinho receosa... Não vai ser fácil, mesmo acreditando que existirá muito amor e apoio à volta e que o exemplo da força da Ana não se esquece.
E, a propósito deste assunto doloroso, sobre o qual que tanta gente me questiona, é tudo. É tudo e é tanto.
Amor, carinho e muita paciência para lidar com a situação... um beijo
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