Há quem pense que eu sou uma pessoa muito alegre. Já aqui o disse que não é bem assim...Talvez, como se passe com tantas pessoas aí desse lado, eu tenha uma grande capacidade de esconder quando o coração anda apertado e disfarço. Se não conseguir mesmo, afasto-me um bocadinho.
Eu sei que não deveria ser assim, que todas as pessoas têm o direito de se mostrar tristes, mas é a minha maneira de me preservar...
Este mês de novembro tem sido difícil. As saudades do Luís a crescerem, fez um ano que o meu pai morreu, fez um mês que a Ana partiu também e tenho partilhado o sofrimento de uma família que se tenta reerguer depois de uma tragédia.
O problema não é eu sofrer, porque faz parte e porque sei que sou uma felizarda porque o meu sofrimento ao pé da dor de muitos é ínfimo. O pior é eu não ter a capacidade de ajudar mais, de dar mais força, de evitar o sofrimento dos outros...é isso, sobretudo, que me deixa o coração mais apertado.
Sabemos que a vida é assim. Há alturas em que sorrimos mais, há alturas mais difíceis. Contudo, eu não me vou abaixo porque tenho/sei a receita tão secreta quanto óbvia: agarrar-me aos momentos felizes e agradecer.
Ontem, foi uma noite feliz vivida entre amigos de infância...
São esses momentos que vão valendo a pena, sempre. Um beijinho!
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