Depois de um ano muito atribulado, de salários em atraso, começou a ser falada aqui a hipótese de emigrar. Ninguém pense que foi uma decisão momentânea, nada disso. Já há muito era falada entre nós os quatro. Em março, o meu amor de sempre resolveu sair da empresa por justa causa, pediu o subsídio de emprego a que tinha direito e começou a procura.
Não escondemos que a nossa vontade era Europa, mas as hipóteses que apareciam levavam sempre ao mesmo continente - África. Angola, mais precisamente a zona de Porto Amboim e Sumbe, é agora o next stop do Luís que a 1 de julho já estará por lá a trabalhar.
Dói. Custa muito. Só de pensar que os próximos aniversários dos meninos vão ser passados sem a presença física do pai, da falta que vou sentir do meu companheiro de conversa, de leituras, de risadas e discussões, o meu coração tremelica. Vai ser muito, muito difícil, todos sabemos. Mas eu acredito em nós e acredito também no que li algures, por vezes, mais vale uma família separada do que uma família sem esperança...que era no que nos estávamos a tornar.
Para já, vai ele primeiro. Mas não queremos ficar separados, isso é ponto assente. O que nós construímos é demasiado válido para não ser vivido a quatro e precisamos também do "nós dois" juntos.
Para ajudar à festa, a notícia que se multiplicam os casos de dengue em Angola...e eu, por momentos, a querer que ele não voe, mesmo que saiba que não lhe posso fechar as asas...
Depois um abraço dá-me a força que eu preciso para o ajudar a preparar tudo e para aproveitar da melhor maneira os dias que faltam para ele ir.
Entretanto, e porque nós temos a mania de nos socorrer do humor em momentos difíceis, vamos cantando as músicas do Bonga, principalmente esta.
Olá Sofia, adoro o seu blog desde o primeiro dia
ResponderEliminarmas nunca comentei, hoje senti que o devia fazer...compreendo que dever ser mesmo muito dificil mas tenho a certeza que a mudança é para melhor e quando uma familia é feliz pode-o ser em qualquer lugar do mundo, a união e o amor é a base de tudo e certamente vão todos voar para uma vida com sorrisos e felicidade, beijinho grande, Ana
Obrigada pela força, Ana. Bejinhos.
EliminarMta força e coragem, Sofia! Vai tudo correr bem! o que não nos mata, torna-nos mais fortes e sei que és uma guerreira e vais aproveitar esta experiência da melhor forma!! bjs:)
EliminarJá passei por aí e correu tudo bem. O casamento nunca enfraqueceu, tal como a relação pai-filhos. Coragem. Cada vez mais as famílias são diferentes e se a vossa diferença for estarem separados fisicamente em determinadas alturas, então seja, com coragem e esperança. Um grande abraço cheiiiinho de compreensão :)
ResponderEliminarObrigada, Teresa. Um beijinho enorme.
EliminarVai correr tudo bem! Olha que connosco está a acontecer algo parecido! É para o bem da família!
ResponderEliminartenho a certeza que vai correr td bem, é como dizes, sm esperança é que não se pode viver. bj e muita sorte para o teu maridão!
ResponderEliminarNão sei onde fica a zona de Angola que refere, mas partilho o blogue de uma mãe portuguesa (professora como a Sofia) que se mudou no início do ano com os sete filhos para Angola, onde o marido estava a trabalhar há mais ou menos dois anos. Está tudo a correr bem por lá!
ResponderEliminarhttp://britosemangola.blogspot.pt/
Obrigada. Por acaso tenho andado à procura de blogues de pessoas que vivam por lá. Mesmo a calhar:)
Eliminarbeijinhos
Compreendo mais do que muito o que estás a viver e sentir. Se precisares de alguma informação em directo de Angola apita (apesar de que só conheço PA e o Sumbe de passagem).
ResponderEliminarBeijos e coragem! ;)
Obridada.
EliminarBeijinhos
Angola e fixe....tenho tantas saudades de la. Dengue sempre tive...e so muito repelente e rede....
ResponderEliminarAinda temos muitos amigos la.....
Querida Sofia,
ResponderEliminarestas decisões nunca se tomam de ânimo leve. Mas será pelo bem, pela esperança e pela harmonia da tua família. Vai correr bem. Estamos todos aqui a torcer por isso. Beijinhos ao teu L. e um abracinho doce meu
Sofia,
ResponderEliminarnão vou te dizer que não custa, que custa, mas se nos focarmos na parte positiva acaba por ser mais fácil.
Boa sorte para essa nova fase.
Qualquer coisa é só dizeres.
Beijos.
Querida Sofia, fiquei arrepiada a ler este post. Que corra tudo pelo melhor, e força!
ResponderEliminarA tua família é linda, os teus filhos são miúdos bem resolvidos, o vosso amor é muito forte. Tenho a certeza que tudo isto te vai ajudar a atenuar a dor da separação. Mas hoje as tecnologias aproximam-nos e ajudam um pouco a diminuir as distancias. Pensa 1º, são só 3 meses, depois o reencontro os abraços, as saudades, depois ele vai procurar um futuro melhor para vós os 4 e não tarda estão todos de novo a viver juntos, cá, lá ou noutro sítio onde a vida vos sorrir. Se o Luis vai fazer falta? Muita, eu já a sinto e ele ainda não partiu. Tirando os teus meninos foi a maior mais valia que trouxestes para a nossa família. Depois encontrarás sempre o meu ombro para encostares a cabecinha, os meus ouvidos se precisares desabafar, a minha companhia se quiseres sair. Diz ao rapaz que gosto muito dele.
ResponderEliminarA tua família é linda, os teus filhos são miúdos bem resolvidos, o vosso amor é muito forte. Tenho a certeza que tudo isto te vai ajudar a atenuar a dor da separação. Mas hoje as tecnologias aproximam-nos e ajudam um pouco a diminuir as distancias. Pensa 1º, são só 3 meses, depois o reencontro os abraços, as saudades, depois ele vai procurar um futuro melhor para vós os 4 e não tarda estão todos de novo a viver juntos, cá, lá ou noutro sítio onde a vida vos sorrir. Se o Luis vai fazer falta? Muita, eu já a sinto e ele ainda não partiu. Tirando os teus meninos foi a maior mais valia que trouxestes para a nossa família. Depois encontrarás sempre o meu ombro para encostares a cabecinha, os meus ouvidos se precisares desabafar, a minha companhia se quiseres sair. Diz ao rapaz que gosto muito dele.
ResponderEliminarSofia, já sabes, se precisarem estamos ás ordens. Como te disse conhecemos gente nessa zona para um apoio se necessário. Os emigrantes sempre se apoiam uns aos outros.
ResponderEliminarE se tu e os teus rapazes precisarem de alguma ajuda cá, conta comigo.
Beiinhos e coragem
Olá Sofia! Sou seguidadora do seu blog e estou a viver uma situação semelhante à sua...também sou professora, tenho um filho e o meu marido também foi para Angola...Já estamos a viver esta situação desde agosto de 2012 entre idas e vindas e acredite que custa um bocadinho...mas não se pode desanimar até para dar força aos filhos! Mas o skype faz milagres e a companhia, ainda que à distancia, está presente para as conversas e miminhos! Um beijinho grande
ResponderEliminarMaria
Sofia , boa tarde.
ResponderEliminarSó hoje li este seu post.
Sou seguidora mas calada sem nunca comentar.
Já passei por isto tenho o meu marido em Angola , queria mandar-lhe um mail mas não vi como , se precisar de ajuda posso tentar ajudar.
Vai correr tudo bem.
Helena
Olá minha querida, imagino o aperto no peito que deves estar a sentir mas, como disseste e muito bem, por vezes as decisões mais difíceis são as mais acertadas... apesar de estar num país completamente diferente sei bem o que custa e no teu caso custa ainda mais mas vais ver que a vossa relação vai sair fortalecida querida.
ResponderEliminarBeijão enorme se precisares de algo que possa ajudar diz
Olá! Deparei-me com este blog, quando andava a "googular" a poção mágica para desembaraçar o nó que trago dentro de mim, por ter visto o meu marido partir para Angola. Estou desolada, sinto-me depressiva, sem rumo e sem vontade e energia para nada. Temos 2 filhos, e eles precisam de mim, mas o meu marido tem sido o meu companheiro e amigo há imensos anos... e agora ele não está cá! Parece que já nada faz sentido... esperar agora que venha o Natal para o vêr, estar cá 15 dias connosco e depois voltar novamente por mais 6 meses... não sei como aguentar! Só choro, não como e custa-me vêr os meus filhos à volta, com carinho a darem-me miminhos, mas que para mim "não são o suficiente"! Faz-me pensar no meu ato egoísta! Parte-se-me o coração quando o mais pequeno que tem 3 anos me pergunta: "Estás triste mãe? Já passou!"... e na realidade não passou nada, a dor é tanta que me sufoca. Todos dizem que há que ter força, mas eu pergunto: vende-se ao kilo? É que se vender eu quero uns quantos, pois sinto-me mesmo triste com a ida dele. Ele foi por acordo nosso, mas o certo é que isso não alivia em nada a dor que sinto. Se compensa?!? Depende do ponto de vista: financeiramente sim, mas em Tudo o resto Não!!
ResponderEliminarDesejo boa sorte a todos os que pensam saír do País, e aos que cá ficarem.