
Quase quatro da manhã. Miúdos a dormir em casa de amigos e eu com o coração cheio à espera de senhor dom marido que tinha ido a jantar da Queima, em Coimbra.
Adorei o reencontro com as minhas amigas do secundário e de recordar cada história passada (não tinha ideia de me portar assim tão mal). Falei alto, gargalhei muito, mas vim de lá com o estômago às voltas.
Foi a Patrícia que me contou, não para invocar tristezas, mas para lembrar a Fernanda.
A Fernanda foi da minha turma no 12º ano, vinha de Pombal para Leiria todos os dias, era doce, esguia, de porte elegante e tinha uns meigos olhos. Eu nunca mais tinha sabido dela, mas recordava-a bem. E a história que ouvi não me saiu/ sai da cabeça.
A Fernanda tinha morrido. Estava grávida do segundo filho quando descobriam que tinha, para além de um bebé a crescer, um estúpido de um tumor cerebral no cérebro. A Fernanda escolheu o filho que ainda tinha dentro de si. Disse não à operação e à quimioterapia e, após dar a vida, ficou sem a sua.
E, mesmo às quatro da manhã, mesmo em dia de festa e tal, eu precisava de lhe contar tudo isto... Terminei a história dizendo-lhe " Não é uma história tão triste, Luís?"
Ele nem hesitou " Não. É sim uma história de coragem."
E hoje, dia da mãe, este post parece fazer ainda mais sentido...
Essa é também a história da minha prima, sem tirar nem pÔr. Os verdadeiros heróis deste mundo não surgem nas televisões...
ResponderEliminarLindo... e o Luís tem razão...
ResponderEliminarAmor incondicional, querida Sofia!
ResponderEliminarBeijinhos grandes e resto de um feliz dia da Mãe, para ti.
Tem razão o teu marido e tens tu também. É uma história de coragem, mas triste...
ResponderEliminarFeliz dia da Mãe.
ResponderEliminar.... ....
ResponderEliminarBjs daqui,
T
lindo!! Amor de mãe mesmo!
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