Como sobreviver a uma festa de aniversário de três dias

Acabou. A casa está a voltar à normalidade... finalmente!

A festa iniciou-se na sexta com alguns amigos do puto mais velho a jantarem e a dormirem cá em casa. O quarto dos rapazes era uma verdadeira camarata e eu uma general que tentava pôr ordem nas coisas. No sábado, mais amigos, pais dos amigos, amigos meus (e do puto) e família. Toca a organizar novamente a casa para mais dormidas e comidas. No domingo, como numa  festa cigana, a festa continuou, embora mais calma é certa...

Segunda-feira, os últimos convidados despediram-se... Toca a pôr mais lençóis e toalhas a lavar, mas a casa agora está mais silenciosa...Só se ouve a música que me ajuda a ter força para realizar as tarefas domésticas e, ao fundo, as vozes dos desenhos animados que os dois petizes ( também eles a recuperar) estão a ver no sofá.

Se valeu a pena? Muito! Gosto que os amigos deles andem cá por casa e se sintam por aqui bem. Gosto de juntar a família toda e de ver as pessoas a conversar, felizes. Gosto dos parabéns cantados por muitas vozes. E gosto sobretudo de ver os meus filhos tão felizes por terem a casa cheia.

 Se dá trabalho? Dá  e muito. Se é preciso ter calma e organizar bem as coisas? É verdade. Se chego ao fim  exausta? Confirmo. Se às vezes fico maluca de ver os putos correrem tão depressa que mal os vejo passar? Afirmativo.

Mas vale a pena e, a verdade, é que ao organizar estas festas para os meus filhos sinto que as estou a organizar para mim também. A minha tia perguntava se eu não me chateava por ter os putos a andar por toda a casa, a revirar livros e brinquedos. Não me chateio. A sério. É a única forma de sobreviver a uma festa de aniversário de crianças. Sem dramas. 

E, de facto, todo o esforço vale a pena quanto sinto a felicidade imensa de proporcionar aos meus petizes algo por que eles esperam o ano inteiro. Algo que eu nunca tive.*

* Pois...também é por aí...