O relógio não pára. O calendário não pára... E eu a ver mais uma ruga a aparecer...E eu a ver o meu pai a envelhecer...tanto...
Como é que foi tudo tão rápido? Como é que ainda há tão pouco tempo me ensinavas a conduzir e me conduzias tu próprio naquele doze de Setembro que foi o dia do meu casamento, e agora te conduzo eu?
Como é que tão depressa foste ficando cada vez mais débil, mais fraco? E por que me faltam as palavras certas para te animar?
Mas eu não desisto de ti pai. Não te vou deixar só, nunca.Vou sentar-me ao pé de ti todos os dias pelo menos um bocadinho, vou continuar a perguntar-te sempre a tua opinião, vou continuar a mostrar-te todos os dias que és muito importante para mim...
Mas esse teu olhar triste é que me derrota...só me lembra a canção da Mafalda Veiga... E nós todos à tua volta, a tentar fazer-te rir... mas a sentir que te sentes injustiçado... que o AVC te( nos) surpreendeu...e nós sem encontrarmos as palavras certas. Como encontrar as palavras certas?
31 janeiro 2010
E o tempo que passa tão depressa...
Sobre Sofia
Colheita de 1970. Mãe de dois rapazes. Uma miúda que aos trinta criou um blogue cheia de receios de não saber envelhecer. Uma miúda-mulher que gosta de livros, cremes, séries e vestidinhos. Uma mulher normal, cheia de defeitos, qualidades, neuras e uma certeza: a esperança não se perde...ganha-se!
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